Pela primeira vez, Leonardo Vieira falou das dificuldades que teve para gravar Renascer.
Bem, em 1993, a estreia de Leonardo Vieira em Renascer não apenas marcou o início de sua carreira na teledramaturgia, mas também o lançamento de um dos casais mais queridos pelo público: o “coronelzinho” José Inocêncio, interpretado por ele, e a doce Maria Santa, vivida por Patrícia França.
Ao longo do tempo, o “coronelzinho” evoluiu para o rei do cacau, com uma atuação magistral de Antonio Fagundes, enquanto o novato Leonardo crescia em reconhecimento e habilidade como ator. Porém, em uma recente entrevista ao podcast Novela das 9 (agora Papo de Novela), Vieira recordou não apenas os momentos doces, mas também os desafios enfrentados nos bastidores de “Renascer”.
“Fazer Renascer foi realmente muito duro. Foi meu primeiro trabalho, não foi um trabalho fácil para mim, com toda a imaturidade que eu trazia. Era um momento difícil na televisão, tinha acontecido uma tragédia na história da novela anterior (o assassinato da atriz Daniella Perez durante a novela De Corpo e Alma). Tinha uma expectativa muito grande para esta novela acontecer. E era o retorno do Benedito Ruy Barbosa também à TV Globo. Tinha todo este aspecto.”
O ator recordou os desafios que enfrentou com a quantidade de texto e o ritmo intenso da televisão. Ele destacou a intensa preparação para a novela, incluindo uma imersão na Bahia, convivendo com peões e absorvendo profundamente o contexto da trama.
“Renascer teve uma preparação muito intensa. Antes de começar a gravar, a gente foi para Bahia e ficou lá muito tempo. A gente ia para as fazendas, ficava lá e convivia com os peões, e via eles trabalhando e ajudava. Foi uma experiência muito profunda”, recorda.
Sobre sua parceria com Patrícia França, Vieira destacou a química e a magia que existiam entre os atores, mas enfatizou o brilhantismo do roteiro de Benedito Ruy Barbosa e a juventude radiante que França trouxe ao papel, resultando em cenas memoráveis.
O sucesso da dupla foi tão expressivo que, após “Renascer”, foram escalados como protagonistas em “Sonho Meu”, trazendo novamente à tona a química e a conexão entre os personagens. Entretanto, enquanto Vieira precisou fazer a transição de José Inocêncio para Lucas, Patrícia continuou interpretando Maria Santa em paralelo.
“Foi muito incrível porque para a Patrícia, especialmente, ela continuou fazendo a Maria Santa. Nunca vi isso, uma atriz fazendo duas novelas ao mesmo tempo. Uma novela das 6 e a novela das 20h. Ela já estava gravando Sonho Meu e aí o Benedito quis colocar ela como personagem que vinha em espírito falar com José Inocêncio para manter este amor.”
Essa jornada dupla de Patrícia exigiu equilíbrio e habilidade, alternando entre as gravações de “Renascer” e “Sonho Meu” no mesmo dia, um desafio logístico e artístico notável para a atriz.
A trajetória de leonardo vieira em “Renascer” não só marcou seu início na televisão, mas também evidenciou sua resiliência diante dos desafios, tornando-se uma base sólida para sua trajetória na teledramaturgia brasileira.